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Casa de Pesca de Marquês de Pombal

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RESUMO E INTRODUÇÃO DA HISTÓRIA

Mandado construir, em 1765, pós-terramoto, a Casa de Pesca está incluída no núcleo da Quinta dos Recreios dos Marqueses de Pombal. Localiza-se em Oeiras na Quinta de Cima, antiga Quinta do Taveira.  Muitos dos edifícios que pertencem a Quinta dos Recreios foram recuperados e estão em funcionamento. A Casa de Pesca é um dos espaços que não foi recuperado, nem preservado. Este espaço de acesso publico, contém um jardim principal com uma fonte central, um tanque, um cascata (Cascata do Taveira), 16 paneis de azulejos com a temática mitológica e piscatória, um patamar superior com vista para toda a quinta e a casa de pesca, toda esta arquitectura é de estilo barroco. O interiro da casa é revestido por azulejo e o tecto com figuras em gesso evarias pinturas do seculo XVIII.

A Casa de Pesca foi adequirida pelo Município de Oeiras e encontrase de momento e ser reparada/restaurada para ser aberta ao publico pela primeira vezes.

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HISTÓRIA

Todos os terrenos que constituem a Quinta dos Recreios dos Marqueses de Pombal foram adquiridos por Sebastião José Carvalho (avô do Marquês de Pombal), em 1676, posteriormente a sua morte foram entregues e desenvolvidos por Arcipreste (tio do Marquês).

Em 1737, após a morte de Arcipreste, todas as terras foram entregues a Sebastião José de Carvalho  e Melo (Marquês de Pombal), assim como a continuação das obras do seu tio. Devido a união dos três irmão, Sebastião (Marquês de Pombal), Francisco Xavier de Mendonça e Paulo António de Carvalho e Mendonça, a construção do Palácio e a campanha decorativa, que tinha iniciado anos antes, ganha novo impulso e evolui o seu desenvolvimento. O projecto de construção na quinta teve a autoria de Carlos Mardel. 

Alguns anos após o terramoto de 1755, avançaram a construção da Casa de Pesca que terminou em 1765, dois anos depois na morte do arquitecto, que deu por conclusão da Quinta dos Recreios.

A Quinta dos Recreios é um grande território que inclui a Mina do Arneiro e Aqueduto, Casal da Manteiga, Casa da Pesca, Adega, Palácio, Casa dos Bichos da Seda, Cascata da Fonte do Ouro, Pombal, Ribeira da Laje e Casa dos Coches.

Em 1777, após a morte de D. José I e com a subida ao trono de D. Maria I, Marquês de Pombal foi exonerado dos seus cargos, e obrigado a abandonar Oeiras e a desterrar-se em Pombal, onde morreu em 1782.

Depois de mais de um século sem se ouvir falar da Quinta, é em 1939 que a família do Marquês vende todas as propriedades a Artur Brandão.

Um ano mais tarde, em 1940, a Casa de Pesca foi classificada Monumento Nacional, assim como os Jardins e o Palácio. Os terrenos a sul, Palácio e Jardins, foram adquiridos pela Função Calouste Gulbenkian, os terrenos a norte, Abegoaria, Casa de Pesca, Casa dos Bichos de Seda, Cascata da Fonte de Ouro, foram adquiridos pela Câmara municipal de Oeiras e pelo Estado, onde instalaram a sede da EAN (Estação Agronómica Nacional).

Em 1946, a primeira intervenção de restauro da Casa de Pesca foi feita por parte do proprietário Artur Brandão, onde as obras foram efectuadas em toda a propriedade, tendo como alvo principal os painéis de azulejos e a cascata do Taveira.

Em Outubro de 1954, já na pose da EAN, toda a propriedade sofre danos provocados por uma forte tempestade que atingiu Oeiras. A instituição denunciou o caso à Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, dizendo que era urgente fazer obras de recuperação do telhado e beirado, entre outras coisas. As obras nunca foram realizadas.

Em 1957, realizou-se um novo orçamento para os trabalhos de recuperação dos espaços em degradação, mas devido aos custos das obras a reclassificação deste local foi adiada.

Em 1961, foram finalmente realizadas "obras de restauro" a Casa de Pesca, porque foram inscritas no plano de trabalho anual. Estas "obras" tiveram somente com alvo principal a limpeza do jardim, fontes e cascata. Em 1962, uma nova vistoria técnica que alertou para a fixação dos azulejos e dos paneis a fim de evitara sua queda e destruição. Ainda assim, as obras só se realizaram muitos meses mais tarde.

Em 1974/75, com a utilização da Casa de Pesca como creche, trouxe a descaracterização e degradação do espaço, sendo uma função inadequada para este tipo espaço que foi alvo de brincadeiras, e citando, "a divertirem-se atirando pedradas aos azulejos". Por este facto, a EAN ponderou fazer um museu, que nunca saio do papel, mas no seguimento da proposta foram feitas obras de recuperação e conservação, entre as quais, a limpeza do jardim e da cascata, demolição de alguns árvores, recuperação de muros, levantamento e reposição de dois painéis de azulejos, recuperação do telhado da casa, entre outros.

Desde então ao abandono e com falta de manutenção deste espolio artístico, foi em Dezembro de 2003 que foi verificado pela IPPAR o seu actual estado avançado de degradação. Uma ano mais tarde, uma nova vistoria onde participaram os técnicos da IPPAR e os responsáveis do INIA (Antigo EAN), onde ficou decidido montar uma cobertura provisória que evitasse o risco de desabamento dos estuques e pinturas da casa de pesca, até hoje nunca foram realizados.

Em 2007, foi apresentado o "Plano Estratégico para o Parque Temático Marquês de Pombal - proposta de intervenção" que constatava na recuperação e revitalização deste espaço, com acção entre 2009 a 2017. E como todos os projectos, até hoje não foram escutados quaisquer tipo de obras, apesar dos recorrentes alertas de degradação e risco de desabamento.

Em 2019, a Casa de Pesca finalmente entrou em obras de recuperação depois de um grande esforço da população e do Município de Oeiras sobre o Estado Português.

Historia
Lendas

LENDA

Mais uma historia do que uma lenda, esta Casa de Pesca foi idealizada para os fins-de-semana de pesca que o Marquês de Pombal tanto adorava.

O Marquês enunciava a sua vinda a Casa de Pesca via pombo correio, o que fazia uma autentica "caça ao peixe" na Ribeira da Lage, para encher o tanque com a maior quantidade de peixe possível, que os seus empregados conseguissem apanhar.

Publicado em 10 de Junho de 2018

Fotografias de Maio e Junho de 2018

 

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